Como nosso jardim contribui para cuidar do meio ambiente?

Como todos os anos, 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente , uma data importante para se concentrar em uma preocupação global. Esta comemoração chega em um momento em que nosso país já esgotou os recursos naturais que o planeta pode produzir ao longo do ano. Isso aconteceu no dia 27 de maio, sete meses antes do fim de 2021, então entramos em um período de superexploração que vem antes, o que é um sério problema para a vida das futuras gerações.

Além disso, esta semana a União Europeia celebra a Semana Verde Europeia, um dos maiores eventos anuais sobre o ambiente. Esta edição tem como objetivo atingir a poluição zero.

Nesse contexto, as árvores e a natureza têm um papel fundamental, pois possuem grande poder de redução da poluição. Além disso, atuam como excelentes filtros para outros tipos de poluentes urbanos e partículas finas como poeira, sujeira ou fumaça do ar, pois podem prendê-los nas folhas e na casca.

Por isso, desde o estúdio de paisagismo Fernando Pozuelo Landscaping Collection quiseram destacar aqueles aspectos que devemos cuidar se queremos fazer dos nossos jardins pequenos pulmões verdes e aliados da preservação do meio ambiente. Além disso, várias dessas dicas podem ser extrapoladas para jardins privados de casas, escritórios ou empresas que também podem contribuir com aquele grão de areia de uma maneira particular:

- Árvores e seu poder renovador: A presença de espaços verdes, como parques ou jardins, aumenta o número de árvores nas cidades, que são as mais afetadas pela poluição. A ideia é apoiada por dados da UN-Habitat (Agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos e Desenvolvimento Urbano Sustentável), segundo os quais uma árvore adulta pode absorver até 150 kg de gases poluentes por ano. Eles também são excelentes para regular o clima. Sua localização estratégica pode ajudar a resfriar o ar entre 2 e 8 graus Celsius. Na verdade, a colocação adequada de árvores ao redor dos edifícios pode reduzir a necessidade de ar condicionado em 30% e reduzir as contas de aquecimento no inverno em 20-50%.

- Uso de plantas nativas: o compromisso com as plantas e espécies locais nos faz ajudar a valorizar o ecossistema da região, o que traz grandes benefícios à natureza. Além disso, as plantas nativas exigem menos manutenção, o que se traduz em menor gasto de energia e, consequentemente, diminuição da poluição. Isso ocorre porque essas espécies requerem um processo mais reduzido de adaptação ao terreno, os recursos hídricos necessários para seu plantio e posterior manutenção também são menores, ao mesmo tempo que reduziremos a necessidade de fertilizantes e defensivos. Dependendo da área em que estivermos, teremos que apostar em um ou outro tipo de espécie, algo muito a levar em conta ao desenhar e projetar nosso jardim.

- Escolha ideal de materiais: Ao promover a sustentabilidade de um espaço verde, um dos princípios básicos a ter em conta é a escolha correta dos materiais e a otimização do seu consumo, apostando naqueles que tenham baixo impacto ambiental e que sejam respeitosos com a natureza. Isso sem dúvida aumentará a contribuição do nosso jardim para o cuidado do meio ambiente. Um bom exemplo de materiais naturais é a pedra, elemento que desempenha um papel importante na maioria dos jardins. Além disso, pode ser encontrado em diversas versões, como a ardósia, que possui baixo impacto ambiental, pois necessita apenas de extração e usinagem, sem a necessidade do uso de outros materiais, produtos químicos ou tratamentos. Outros materiais são a madeira, da qual devemos saber como foi seu percurso e certificar-se de que provém de florestas reflorestadas, ou bambu.

?Os espaços verdes dentro de uma cidade ajudam a potencializar o poder restaurador da natureza, ao mesmo tempo que são um elemento fundamental no cuidado com o meio ambiente. O grande avanço da urbanização exige projetos paisagísticos e intervenções nas cidades para neutralizar a ação humana, ajudando também os cidadãos a se reconectar com a própria natureza ?, comenta Fernando Pozuelo, diretor do estudo de paisagismo.